A Vida é Bela
Uma incrível história dramática contada em tom de fábula cómica sobre o Holocausto e um dos mais belos, divertidos e comoventes hinos de sempre à vida, à liberdade e ao amor
Em 1938, na região
italiana da Toscânia, o simpático judeu Guido apaixona-se por Dora, um
professora que está noiva de um funcionário local. Guido, porém, não desiste
até ao momento do casamento de Dora que acaba por fugir, em plena cerimónia,
com o seu "delicioso cavaleiro andante". Durante cinco anos vivem
felizes na companhia do seu delicioso filho Giosuè até que as medidas de
perseguição e detenção aos judeus são implementadas na Itália. Guido e Giosuè
são deportados para um campo de concentração e Dora decide acompanhá-los. Pai e
filho ficam juntos e durante todo o tempo de prisão Guido, de forma engenhosa e
com o auxílio dos outros prisioneiros, convence o garoto que estão num campo de
férias a jogar um longo e emocionante jogo. Guido consegue transformar cada
momento de humilhação, repressão e violência em hábeis situações do suposto
jogo em que o garoto vai participando divertido. Finalmente, já perto do fim,
Guido morre para salvar o filho, que se reúne à mãe no dia da Libertação.
"A
Vida é Bela" foi um dos mais estrondosos sucessos do cinema italiano dos
últimos anos, que comoveu e divertiu o mundo com uma incrível história
dramática contada em tom de fábula cómica sobre o Holocausto. Foi igualmente, a
consagração mundial do talentoso comediante e cineasta italiano Roberto
Benigni, que com este magnífico trabalho conquistaria inúmeros prémios, entre
eles o Grande Prémio do Júri no Festival de Cannes e três Oscares da Academia
de Hollywood, para ele próprio como Melhor Ator, para Melhor Filme de Língua
Estrangeira e para a Melhor Banda Sonora. Apesar da polémica que suscitou ao
abordar em tom de farsa a tragédia do genocídio dos judeus às mãos do Fascismo,
Benigni conseguiu o prodígio de criar momentos delirantes de contagiante humor
sem nunca perder quer o tom de fábula amarga quer a evocação brutal do
Holocausto, em toda a sua extensão de perversidade sanguinária. Tudo isto num
filme exemplarmente escrito, realizado e interpretado, dominado pela presença
de Benigni que produziu um dos mais belos, divertidos e comoventes hinos de
sempre à vida, à liberdade e ao amor.
É
o filme da minha vida porque além de me ter "arrancado" lágrimas
passa uma mensagem de amor incondicional pela família, pela busca do amor e da
paz!
Em
momentos de lágrimas e de horror, o personagem principal construiu um
cenário de bem estar ao filho, ao invés de chorar e gritar de revolta, o
momento foi sempre envolto de sorriso e esperança. Nunca esboçou alguma
tentativa para injuriar ou maltratar o inimigo carrasco...
Este
filme mostra-nos o quanto é difícil ser pai, homem, marido, como é difícil ser
ator principal nos palcos desta vida quando as contrariedades nos ameaçam a todo o
minuto.
Apesar
da fatalidade, o amor de pai, de marido e do amor ao próximo imperou! Essa é a
grande mensagem, como sorrir e ter esperança num mundo que se tornou frio,
egocêntrico, escasso no tempo para verdadeiras relações de amor? O mundo
tornou-se competição, poder, dinheiro e sorrisos amarelos...
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